Os eletrônicos fazem parte da rotina da maioria dos brasileiros. Segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação, realizada pelo IBGE, 79,3% dos brasileiros com 10 anos ou mais têm aparelhos celulares para uso pessoal, com ou sem internet. Todo esse excesso de tecnologia levanta o questionamento: “Para onde esses eletrônicos vão quando são descartados?”
A pesquisa Resíduos Eletrônicos no Brasil – 2021, da Green Eletron, revela que, apesar do Brasil ser o quinto maior gerador de lixo eletrônico no mundo, o país recicla apenas cerca de 3% do material. Esse levantamento também aponta que uma parte considerável da população não sabe definir corretamente o que é lixo eletrônico. Todo esse descarte incorreto e desinformação sobre o assunto gera um problema ambiental que tende a aumentar ainda mais ao longo dos anos.
Para tentar reverter essa situação, algumas atitudes inovadoras podem ser tomadas. Um exemplo delas é a Logística Reversa. Essa iniciativa propõe que após o descarte, os componentes eletrônicos sejam reciclados e transformados em novos aparelhos. Além disso, os materiais que não são adequados para reutilização devem ser descartados de maneira correta.
Dentro das empresas, incentivar a Logística Reversa vai além da preservação do meio ambiente, podendo fazer parte de uma boa estratégia de imagem da marca. Nós notamos aqui a adesão dos consumidores quando implementamos um ponto de descarte. Eles se empenham e entenderam o nosso recado!
Outras ações fazem parte da nossa rotina, como propor a troca somente do vidro dos celulares e não da tela inteira, gerando uma diminuição dos resíduos na hora dos consertos. Ou seja, os empresários que não investem em ações de sustentabilidade, precisam logo começar a implementar iniciativas ambientais em seus negócios.
Um estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana Union + Webster, divulgado pela FIEP, apontou que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis, sendo que 70% dos entrevistados disse que não se importa em pagar um pouco mais por isso. Ações que diminuem o lixo eletrônico geram economia no processo produtivo das empresas ao mesmo tempo que garantem um importante diferencial em sua imagem de marca responsável.
Michele Amorim – Diretora Comercial da SmartPlay Assistência
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